quarta-feira, 5 de junho de 2013

EXPERIÊNCIA DE LEITURA E ESCRITA

Márcia Alves de Mesquita 

Eu não tinha o hábito de ler quando criança, pois meus pais sempre preocupados em criar os filhos e sustentar a família com muita dificuldade tinham sempre outras prioridades mas sempre mostrando aos filhos a importância dos estudos, já que não tiveram tanta oportunidade. Na adolescência é que fui pegando o gosto pela leitura, quando comecei a trabalhar e pude comprar os meus livros, foi uma sensação muito boa. Assim que terminava de ler um , procurava sempre comprar outro livro.

Tenho duas filhas, uma de 17 anos outra de 11 anos , e quando eles eram pequenas , sempre li livros infantis para eles , contava histórias antes de dormir , ouvia discos de histórias infantis. Foi muito gratificante quando descobri que podiam ler sozinhas.


Os livros sempre estiveram presentes em minha casa e graças a isso, elas descobriram o prazer pela leitura.

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Lúcia Maria de Souza 


Não tenho recordações de leitura e escrita na minha infância, porque os meus pais eram analfabetos. Então eu só fui ter contato com livros e cadernos na escola.Minha mãe cobrava muito que eu deveria estudar bastante para não ficar como ela ;A recordação que tenho de algumas historias eram as contadas pelo meu pai.Fui despertada para a leitura através de uma amiga da minha mãe que me deu de presente um livro cuja historia me lembro até hoje que é o livro do Robinson Crusoé.

Depois deste livro foi como se eu tivesse descoberto o mundo. Comecei a ler tudo que aparecia pela frente, naquela época eu já gostava de ler para outras pessoas ou então contar as histórias e acabei virando, também, uma contadora de histórias.

Quando fui para a faculdade aprendi as diferentes literaturas, apaixonando-me pela Literatura Portuguesa, especialmente, por Eça de Queiroz e Fernando Pessoa, e sempre que posso busco mais conhecimentos sobre os mesmos.

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Maria Aparecida de Souza Dias




Tenho boas lembranças da minha infância, pobre, sem livros, mas ao entrar na escola, já alfabetizada pela minha mãe tive o meu primeiro contato com os livros. Achei o máximo, pois até então minha leitura era feita com os jornais que vinham enrolando frangos, bananas e outros afins. O primeiro livro que tive nas mãos foi a cartilha "Caminho Suave", achei lindo as figuras, pois ler eu já sabia!



Fui crescendo e aos poucos me identifiquei com meus amigos do ginásio, hoje Fundamental II, fazíamos músicas, poemas, paródias e tudo virava uma curtição com o violão do Carlinhos, que na verdade chamava-se "Sebastião"! Com o passar do tempo me tornei poetisa e tenho, inclusive, um livro de poemas meus, que não publiquei por falta de dinheiro.



Quanto a minha profissão veio quase que, por acaso, já que pretendia na minha cabeça de menina, ser médica, mas é uma profissão que é só para quem tem muito dinheiro, então, por influência da minha professora "Maria Aparecida Coirana", hoje sou professora. Amo o que faço, e ler para mim tornou-se uma religião e tenho levado esta minha devoção para alguns discípulos que até tem escrito seus próprios e bons poemas!


Quanto ao escrever num blog, nunca escrevi, pois gosto de escrita convencional, pois me confundo muito com os comandos do PC. Já com o papel e caneta escrevo horas. Basta acontecer algo diferente que já é assunto para uma poesia ou algo que valha. Gosto ainda de fazer escrita cooperativa. No 3º Bimestre começo uma redação com os alunos; cada um tem que escrever 05 linhas continuando o que o anterior escreveu. Fica muito legal! Tentem!!


Maria Augusta Pinto

(...) Olá Sandra, fiquei muito emocionada ao ler seu relato sobre sua infância, adolescência e vida adulta . Tive também como você algumas experiências na infância que, hoje em dia relembro com muita nostalgia de minha professora da 3ª série do Ensino Fundamental I, dona Dulce,que contava com maestria histórias fantásticas, fábulas, contos e todos nós ficávamos maravilhados com a forma que ela conduzia as narrativas. Nos meus sonhos imaginava o príncipe encantado chegando de carruagem para me buscar, era tudo perfeito. Na antiga 5ª série tive uma professora de Língua Portuguesa que fazia pequenas peças de teatro, jogral, telejornal, etc...Apesar de minha mãe só saber escrever seu nome e meu pai só ter concluído a 4ª série, tive muitos incentivos dos dois em continuar os estudos e com orgulho posso dizer que fui a segunda pessoa de minha família a ter um diploma superior.

Como foi bom ler "Iracema" e me deliciar com a descrição do Brasil na época do Descobrimento, o amor de um português por uma índia ou devorar as páginas de "A moreninha", conhecendo a sociedade do Rio de Janeiro no movimento romântico.Eu me lembro que líamos dois livros por mês com cobrança de trabalhos ou avaliações pelos professores e somente os clássicos da literatura. Não havia empréstimo de livros pela /biblioteca da escola, usávamos apenas para pesquisa na Barsa ou na coleção Conhecer.Portanto, nossos pais tinham que adquirir o livro e como tive uma infância humilde, comprava livros já usados de alunos do ano anterior.Não tenho vergonha em dizer que minha mãe foi diarista durante 32 anos e ajudou com seu salário a sustentar três filhos. Meu pai era motorista de táxi, teve um acidente feio e minha mãe precisou trabalhar depois de dez anos de casada. Com muitas dificuldades consegui concluir minha primeira faculdade e, dou meu depoimento aos meus alunos quando percebo desinteresse de alguns, pois eles pensam que sendo pobres, não terão muitas oportunidades na vida e alguns se encaixam no mesmo perfil que eu ou têm vergonha porque a mãe é diarista.

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